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Ambiente virtual como recurso terapêutico no câncer

Já pensou em utilizar a tecnologia para beneficiar seus pacientes com câncer?

O uso de videogames para Reabilitação Virtual é um método seguro e aceitável, mas que não substitui a terapia convencional, mas sim pode complementa – lá contribuindo para um tratamento mais eficaz, também para pacientes com câncer. E vamos saber mais sobre como nessa matéria.

O processo de reabilitação exige do profissional da saúde, principalmente o fisioterapeuta, conhecimento sobre a enfermidade a ser tratada e as deficiências causadas pela perda dos movimentos, tornando a busca de novas técnicas e novos métodos para a recuperação do paciente constante.

Entre os métodos utilizados para recuperação dos pacientes encontra-se o Treinamento de Realidade Virtual (TRV) ou Reabilitação Virtual (RV), que começaram a serem utilizados como ferramenta terapêutica na transição do século XX para o século XXI.

O sistema de Reabilitação Virtual trata-se de uma tecnologia sofisticada e inovadora em relação a interação máquina e homem, e novas pesquisas tem demonstrado serem potencialmente benéficas para que o alcance do objetivo terapêutico através de jogos eletrônicos seja atingido.

A Reabilitação Virtual pode ser definida como “O uso de realidade virtual e ambientes virtuais, simulando ambientes do mundo real através de dispositivos eletrônicos.” Entre os mais utilizados na atualidade estão o Nintendo Wii e Xbox, os quais através de softwares captam os mais variados movimentos em atividades como esportes, exercícios físicos e atividades de vida diária, através da utilização desse recurso podemos motivar a realização de exercícios de maneira lúdica, ao invés de atividades monótonas e repetitivas.

Um dos efeitos positivos na reabilitação através do videogame é simular situações reais, ao mesmo tempo que desvia a atenção do paciente do foco da dor ou de incomodo. A prática pode ser realizada com pessoas de qualquer idade e com as mais diversas patologias, incluindo pacientes oncológicos. Cabe ao fisioterapeuta realizar a indicação após um avaliação criteriosa,  estando entre algumas das contra-indicações para esse tipo de tratamento: pacientes epiléticos, com metástase óssea, pancitopenia, uso de marca passo entre outros.

As tendinites de ombro, inflamação de cotovelo, rigidez muscular, lesão nos joelhos, punhos e demais articulações, síndrome do túnel do carpo, lombalgia e câimbras, devem ser motivo de  atenção, pois o uso indevido ou sem supervisão de um especialista, pode acarretar tais complicações.

No caso de pacientes oncológicos citarei como terapia alternativa para duas situações: pós-operatório de câncer de mama e fadiga oncológica, um sintoma subjetivo bastante comum em pacientes em vigência de quimioterapia e radioterapia.

No pós operatório de cirurgia para retirada de tumor na mama algumas pacientes podem apresentar limitação do movimento do ombro, devido quadro de dor, receio de movimentar ou até mesmo falta de orientação no pós-operatório imediato, a Reabilitação Virtual pode após a retirada dos pontos e ausência de complicações na ferida operatória ser um recurso para melhorar a funcionalidade do membro acometido e retorno precoce as atividades ocupacionais.

Em relação a fadiga, a Reabilitação Virtual tem sido eficaz no consumo máximo de oxigênio (VO2), aumento da freqüência cardíaca e percepção subjetiva ao esforço, demonstrando possível melhora no condicionamento físico.

Essas informações podem nos motivar a pesquisar mais sobre o assunto e incluir em nossa prática clínica esses recursos, buscando atingir nosso objetivo principal que é melhorar a qualidade de vida e funcionalidade de pacientes oncológicos.

Aos apaixonados pela oncologia, até uma próxima.

 

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