Tumores cerebrais
|

Tumores cerebrais e de sistema nervoso central: Atuação da Fisioterapia

Tumores de Sistema Nervoso Central (SNC) são considerados aqueles localizados no cérebro, tronco encefálico, cerebelo e medula espinhal, na população adulta os tumores primários são raros correspondendo a menos de 2% dos tumores malignos no mundo.

Na infância ele representa 20% dos cânceres infanto-juvenis.

De maneira geral, os tumores de SNC podem ser classificados em tumores primários (com alteração das próprias células nervosas) ou secundário (metástases cerebrais).

As manifestações clínicas dependem da localização do tumor, estando entre as mais frequentes: Dor de cabeça intensa, alterações motoras e de equilíbrio, náuseas e vômitos, déficit visual ou auditivo, disfagia, afasia e alteração de comportamento.

Na maioria dos casos esses sintomas não são câncer, mas a persistência de qualquer um deles deve ser investigada. Outro fato importante é que a maioria dos tumores são benignos, porém devido a localização mesmo sem componente de malignidade, ao expandir os tumores benignos nessa região podem ser letais.

Os tipos mais comuns são aqueles das células glias, que são células de sustentação do tecido nervoso, chamados de Gliomas (astrocitoma o mais comum, oligodendrogliomas e ependimomas. Outros tumores são os meduloblastoma, meningiomas. craniofaringiomas e schwannomas.

Os tumores do cérebro e de outros tumores do sistema nervoso central têm uma probabilidade muito alta de produzir efeitos incapacitantes de longo prazo devido ao próprio tumor e aos efeitos do tratamento, incluindo complicações cirúrgicas, efeitos neurotóxicos da radiação e debilidade causada pela quimioterapia. Mesmo os tumores cerebrais benignos ou de baixo grau podem causar deficiências significativas.

Por isso, a intervenção da fisioterapia deve ser iniciada desde o diagnóstico, se encontrado alterações motoras ou respiratórias, já se faz necessário orientações sobre posicionamento, uso de órteses. auxiliares de marcha, exercícios respiratórias de acordo com a demanda do paciente. caso o paciente não apresente nenhuma alteração, ele permanece em seguimento, diante do alto risco de alterações neurológica.

Na avaliação espera-se manifestações neurológicas como de um paciente pós acidente vascular encefálico ou traumatismo craniano (hemiplegia/paresia, espasticidade, ataxia, atraso de desenvolvimento etc), porém as lesões cerebrais por câncer são mais dinâmicas, podendo de alteração do quadro de acordo com a fase do tratamento e progressão da doença.

A fisioterapia irá realizar sua intervenção buscando sanar os déficits motores apresentados (força, coordenação e equilíbrio), prescrevendo exercícios, tratando a fadiga e as demais alterações neurológicas presentes.

Ana Paula Oliveira Santos
Fisioterapeuta
Especialista em Fisioterapia em Oncologia pelo Coffito
Coordenadora de ensino Bioonco

Posts Similares