Exercício físico em pacientes com linfedema
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Exercício físico em pacientes com linfedema

O linfedema secundário ao câncer é uma doença crônica e sem cura. Com tratamento adequado e com cuidados específicos o paciente consegue ter uma qualidade de vida sem alterar sua função no dia a dia.

Durantes vários anos as equipes de saúde preconizaram que carregar peso no membro com linfedema poderia agravar o quadro ou potencializar o aparecimento. Dessa forma um dos cuidados era não realizar exercícios no membro nem carregar peso no dia a dia.

Cada vez mais novos estudos vêm mostrando a eficácia dos exercícios resistido em pacientes com linfedema.

Acredita-se que a contração muscular tem fator de “bomba” e propulsiona o líquido do membro para uma outra região para ser absorvida, o que seria uma outra forma de drenar o membro afetado.  Outra suposição é que se o grupo muscular no membro com linfedema estiver forte, o paciente consegue realizar suas atividades do dia a dia sem sobrecarregar esse membro, se não há sobrecarga, não terá lesões musculares que podem desencadear o inchaço.

Gunn Ammitzbøll (2019) realizou um estudo com um grupo de 158 mulheres que tiveram câncer de mama e realizaram a mastectomia e o esvaziamento axilar. Dividiu em 2 grupos, um grupo não realizou exercício e o outro grupo realizou exercícios resistidos 3x por semana . Gunn Ammitzbøll as acompanhou durante um ano e mostrou que as mulheres que realizaram os exercícios resistidos não tiveram linfedema durante esse período. Mostrando que pode ser mais um recurso para prevenir o linfedema.

Lembrando que os exercícios resistido precisam ser realizados de forma gradual, com pouca resistência, evoluindo conforme a resposta de cada paciente e com o profissional adequado para dar assistência.

 

Atenção: É permita a reprodução deste artigo desde que citada a fonte.
Autor: Ft Nádia Gomes
Fisioterapeuta especializada em Oncologia e Hospitalar- AC CARMARGO CANCER CENTER
Especializando em Fisiologia do Exercício aplica a Clínica- UNIFESP
Especialista em Fisioterapia em oncologia pela ABFO
Formação pela Ecole de Drainage lymphatique Bruxelles Méthode Leduc – Bruxelas

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