Tumores ósseos: papel da fisioterapia oncológica

Tumor ósseo é considerado um tipo de câncer relativamente raro, que afeta diretamente o osso.

O tumor ósseo pode ser de origem primária (se desenvolvem diretamente no osso e acomete, principalmente, crianças e adolescentes) ou metastática (células do tumor primário se disseminam para o osso, como no caso de câncer de mama, próstata, rim, tireóide e pulmão). As metástases ósseas são mais comuns do que os tumores ósseos primários.

Sendo de origem primária ou metastática, a principal manifestação do tumor ósseo é a dor, que pode ser acompanhada ou não do aumento de volume do local acometido. Em alguns casos, também podem ocorrer fratura patológica.

As opções de tratamento para o tumor ósseo são a cirurgia, quimioterapia e radioterapia, que tem como objetivo a cura e /ou controle da doença.

A cirurgia é o principal tratamento para retirada do tumor ósseo e geralmente são mais complexas. Na maioria dos casos, pode ser realizada reconstrução com uma prótese interna (endoprótese não convencional) e enxertos ósseos, para a preservação da funcionalidade do paciente. Há casos em que a localização do tumor não permite a reconstrução do osso e então é realizada a amputação. Em ambos os casos, torna-se necessário um programa de reabilitação.

Tanto o tumor ósseo quanto seus tratamentos podem levar a uma perda de funcionalidade permanente no paciente. A fisioterapia atua com a finalidade de promover o retorno do paciente a seus níveis de produtividade antes do câncer, buscando sempre melhorar a sua função e qualidade de vida.

Dor, fraqueza muscular e alteração de amplitude de movimento são algumas alterações encontradas no pós-operatório de tumores ósseos e a fisioterapia torna-se essencial para a reabilitação.

Quanto à metástase óssea, mesmo sem intervenção cirúrgica é possível que o paciente também seja beneficiado com um programa de reabilitação, visando sempre à melhora da dor e funcionalidade, além de exercícios voltados para reforço muscular para estabilização da região acometida e indicações de órteses ou coletes quando necessários.

A abordagem fisioterapêutica para tumores ósseos é composta de recursos e técnicas para analgesia e controle de inflamações, exercícios para fortalecimento muscular e ganho de amplitude de movimento, treino de marcha e equilíbrio, visando sempre às necessidades do paciente.

É importante que a reabilitação dos tumores ósseos seja ser feita por um fisioterapeuta especializado, para um resultado mais rápido e eficaz.

Renata Vianna de Castro
Fisioterapeuta especializada em Oncologia
Crefito 3/222076-F